Estes locais mostram a diversidade arquitetónica de Paris através de edifícios que vão da época medieval à era moderna. A cidade preserva construções de dois milénios: termas romanas do século III, igrejas góticas como Saint-Julien-le-Pauvre, palacetes renascentistas e edifícios de apartamentos Arte Nova desenhados por Hector Guimard. Para além dos monumentos famosos, os visitantes encontram vielas escondidas com casas medievais de estrutura em madeira e vilas privadas do século XIX. A coleção inclui edifícios públicos e privados. Os visitantes podem explorar os vestígios das Arènes de Lutèce, onde os romanos realizavam combates de gladiadores, bem como as casas residenciais mais antigas da cidade que datam do século XV. A seleção abrange desde torres de igrejas medievais e galerias clássicas até experiências modernistas do início do século XX.
O edifício Lavirotte foi projetado em 1901 pelo arquiteto Jules Lavirotte e representa um exemplo notável da arquitetura Art Nouveau francesa. A fachada apresenta trabalhos em pedra detalhados com motivos florais que se estendem por vários andares. Azulejos de cerâmica coloridos em tons quentes complementam as formas orgânicas. A porta de entrada possui ferro forjado com linhas fluidas. Este edifício residencial recebeu o prémio de fachada mais bonita da cidade em 1901.
A Abadia de Cluny foi fundada em 910 e tornou-se o centro da reforma beneditina na Europa. O mosteiro atingiu o seu auge no século XII quando a igreja abacial Cluny III, com 187 metros de comprimento, era o maior edifício cristão do mundo. O complexo incluía cinco naves, dois transeptos e várias capelas. Hoje, apenas cerca de dez por cento dos edifícios originais permanecem, incluindo partes do transepto sul e a torre sineira.
A Sainte-Chapelle de Vincennes foi construída entre 1379 e 1552 como capela real. Esta capela encontra-se dentro do Castelo de Vincennes e apresenta estilo arquitetónico gótico com janelas altas. Os vitrais do século XVI ilustram cenas bíblicas e demonstram o artesanato daquele período. Carlos V de França encomendou a construção para criar uma residência para a monarquia. A capela servia para as cerimónias religiosas da corte real.
O Cité Architecture Museum ocupa a ala leste do Palais de Chaillot e apresenta o património arquitetónico francês desde a época medieval até aos dias de hoje. As coleções incluem moldes em gesso de portais românicos e góticos, pinturas murais de igrejas e castelos, bem como reconstruções de apartamentos modernos. Este museu exibe maquetes à escala de edifícios importantes, desenhos técnicos e esculturas arquitetónicas ao longo de 8000 metros quadrados de galerias de exposição.
A Pagoda Paris foi construída em 1896 como edifício residencial que une tradições arquitetónicas francesas e chinesas. Localizada na Rue de Babylone, esta construção de oito andares apresenta paredes lacadas a vermelho e ornamentos dourados que a distinguem da arquitetura parisiense circundante. A residência reflete a fascinação francesa pela arte e design asiático durante o final do século XIX.
A Torre de Jean Sans Peur ergue-se 27 metros acima do segundo arrondissement e constitui o último elemento conservado da fortaleza medieval dos duques da Borgonha. Esta estrutura defensiva de 1411 apresenta uma notável escada em espiral de pedra cuja abóbada está ornamentada com folhas de carvalho e cardo esculpidas. Os motivos vegetais ilustram os símbolos políticos da corte borgonhesa durante a Guerra dos Cem Anos.
O cemitério de Passy foi criado em 1820 no 16º arrondissement de Paris e abriga os túmulos de numerosas personalidades do mundo artístico. Aqui repousam o compositor Claude Debussy, o pintor Édouard Manet e o ator e encenador Jean-Louis Barrault. Situado nas encostas do Trocadéro, este cemitério apresenta alamedas ladeadas por lápides e monumentos, com vistas sobre parte da cidade. O local combina zonas verdes com arte funerária escultórica.
Le Centorial é um edifício de 1900 que originalmente abrigava a tipografia da Bolsa de Paris. O arquiteto Henri Blondel projetou a estrutura com fachadas de pedra e uma estrutura metálica. A arquitetura combina a construção tradicional em pedra com a engenharia metálica moderna do início do século XX. O edifício está localizado na Rue du Quatre Septembre, no 2º arrondissement de Paris.
A Square des Peupliers é uma rua residencial privada no 13º arrondissement, estabelecida em 1928. Esta rua conecta caminhos de paralelepípedos com pequenas casas rodeadas por jardins individuais. Arcos de rosas marcam as entradas e criam um ambiente de aldeia dentro da cidade. A arquitetura dos edifícios segue vários estilos do período entre guerras. O acesso é feito através de portões fechados que preservam o carácter privado deste empreendimento residencial.
A Igreja de Saint-Séverin ergue-se no Bairro Latino e data dos séculos XIII a XV. O edifício apresenta elementos góticos com uma nave distinguida pelas suas colunas torcidas. Estes pilares em espiral no coro formam um elemento arquitetónico invulgar. A igreja preserva vitrais medievais ao lado de trabalhos modernos em vidro de Jean Bazaine dos anos sessenta. O interior combina diferentes fases de construção da arquitetura gótica francesa.
O Musée de la Chasse et de la Nature ocupa duas mansões históricas do século XVII no bairro de Marais. A coleção apresenta armas de caça de diferentes períodos, animais taxidermizados em cenas naturalizadas e pinturas e esculturas que exploram a relação entre humanos e animais. As salas mantêm a sua arquitetura original com painéis de madeira, lareiras e tetos em estuque.
O Palais de la Porte Dorée foi construído em 1931 para a Exposição Colonial e exibe a estética característica da arquitetura Art Déco. A fachada apresenta relevos de grande formato que representam cenas dos territórios franceses ultramarinos. O edifício abriga atualmente o Musée national de l'histoire de l'immigration, que documenta a história da imigração para a França, bem como um aquário tropical no subsolo com peixes e crocodilos.
O Château de Bagatelle foi construído em 1777 em apenas 64 dias como resultado de uma aposta entre o Conde de Artois e Maria Antonieta. Este pequeno palácio em estilo neoclássico localiza-se no Bois de Boulogne e apresenta proporções harmoniosas e interiores refinados. O parque circundante abrange 24 hectares e inclui um jardim inglês, um roseiral com mais de mil variedades e vários pavilhões. A propriedade funciona atualmente como museu e local para atividades culturais.
O Viaduc des Arts é um viaduto ferroviário do século XIX reconvertido que se estende ao longo da Avenue Daumesnil no 12º arrondissement. Os arcos sob a linha ferroviária elevada foram transformados em quarenta oficinas e estúdios onde artesãos franceses praticam seus ofícios. Os visitantes podem encontrar artesãos especializados em restauração de móveis, fabricação de violinos, encadernação, cerâmica e design de joias. O próprio viaduto sustenta a Promenade plantée, um passeio verde elevado acima do nível da rua.
A Cité Durmar é uma passagem estreita no 11º arrondissement, que liga a Rue de Charonne à Rue Basfroi. Esta rua residencial privada preserva a sua aparência autêntica do século XIX com calçadas históricas de pedra e edifícios residenciais parisienses tradicionais em ambos os lados. As casas baixas com as suas fachadas típicas e pequenos jardins refletem o estilo arquitetónico dos bairros operários daquela época. O acesso faz-se através de um portão que separa esta tranquila rua residencial das movimentadas ruas circundantes.
A Butte Bergeyre é um bairro residencial situado numa colina de 30 metros de altura no 19.º arrondissement de Paris. Este tranquilo quarteirão apresenta ruas de calçada, moradias com jardins e vinhas mantidas pelos residentes locais. As hortas comunitárias oferecem uma perspetiva sobre o quotidiano dos habitantes. Do topo da colina, abrem-se vistas panorâmicas sobre a cidade, particularmente em direção a Montmartre e ao Sacré-Cœur.
A Place Dalida é uma pequena praça no bairro de Montmartre dedicada à memória da cantora franco-italiana Dalida. Localizada perto da sua antiga residência na Rue d'Orchampt, esta praça apresenta um busto em bronze da artista e oferece um miradouro sobre a cidade. O espaço serve como ponto de encontro para admiradores e visitantes que vêm prestar homenagem à intérprete.
As Arènes de Lutèce são um anfiteatro romano do século segundo localizado no quinto arrondissement de Paris. Este sítio antigo dispunha de 15000 lugares sentados e servia como local para combates de gladiadores e representações teatrais. A arena foi construída no século primeiro depois de Cristo e permanece uma das mais antigas estruturas romanas preservadas na capital francesa. A construção ficou enterrada sob o solo durante séculos até sua redescoberta no século XIX.
A Villa Dietz-Monnin foi construída no século XIX e representa o estilo arquitetónico das residências suburbanas daquele período. O edifício possui um jardim espaçoso e mantém numerosos elementos decorativos originais da sua época de construção. A fachada apresenta características típicas do design de casas burguesas de campo, incluindo detalhes ornamentais e proporções tradicionais.
Esta antiga residência de um comerciante de arte neerlandês no 8.º arrondissement abriga hoje uma coleção particular de arte asiática. Construído em 1926, o edifício combina arquitetura ocidental com elementos decorativos do Extremo Oriente. A fachada apresenta padrões geométricos e motivos tradicionais chineses, enquanto os espaços interiores foram projetados especificamente para expor porcelanas, esculturas e pinturas da China, Japão e Sudeste Asiático. O museu abre mediante marcação para visitantes interessados na história da arte asiática.
Este templo protestante no primeiro arrondissement serve a congregação reformada desde 1811. O edifício foi construído entre 1621 e 1630 como capela da Congregação do Oratório sob Luís XIII. A fachada clássica voltada para a Rue de Rivoli apresenta pilastras e um frontão triangular. No interior, um espaço de nave única se estende sob uma abóbada de madeira com galerias de dois andares. O órgão de 1963 substituiu o instrumento destruído na Segunda Guerra Mundial. O templo fica ao lado do Palácio do Louvre e faz fronteira com os antigos jardins reais.
O pavilhão Carré de Baudouin é um centro cultural no vigésimo distrito, instalado numa antiga residência de verão do século dezoito que ilustra a evolução arquitetónica de Paris através da sua fachada neoclássica e dos jardins circundantes, hoje utilizados para exposições e eventos e oferecendo uma perspetiva sobre a transformação de propriedades burguesas em espaços públicos.
Esta residência do início da década de 1930 representa uma realização importante da arquitetura moderna em Paris. Pierre Chareau projetou o edifício com uma fachada de blocos de vidro que difunde a luz natural pelos espaços interiores mantendo ao mesmo tempo a privacidade. A construção integra materiais industriais como aço e vidro em um contexto residencial e demonstra soluções inovadoras para o uso flexível do espaço. A casa situa-se no sétimo distrito e permanece propriedade privada, o que limita as visitas a arranjos prévios unicamente.
A villa Seurat é uma rua privada sem saída no bairro de Parc-de-Montsouris em Paris, traçada nos anos 1920 e ladeada por ateliês de artistas e residências modernistas construídas nos anos 1930. Esta rua ilustra a diversidade arquitetônica da cidade através de seus edifícios funcionalistas dotados de grandes janelas concebidas para trazer luz aos espaços de trabalho, e atraiu pintores como Soutine e escritores como Henry Miller. A villa demonstra as abordagens experimentais da Paris do início do século XX.
Esta passagem privada no 3º arrondissement de Paris foi construída no início do século XIX e faz parte das numerosas passagens cobertas que surgiram na cidade naquela época. A passage de l'Ancre conecta a rue Turbigo com a rue Saint-Martin e preserva sua estrutura original com teto de vidro e pavimento de paralelepípedos. A passagem atravessa um edifício residencial e mostra o design típico das passagens parisienses que caracterizavam a paisagem urbana antes da época de Haussmann, oferecendo aos pedestres rotas protegidas do clima através dos bairros densamente construídos.
O Couvent des Récollets de Paris localiza-se no décimo arrondissement e demonstra a arquitetura monástica do século dezessete. Franciscanos fundaram este convento em 1603 e expandiram-no ao longo das décadas com um claustro e capela. Após a Revolução, o edifício serviu vários propósitos, incluindo hospital militar e prisão. Hoje o governo francês utiliza o complexo para eventos culturais e projetos de pesquisa. O claustro com suas arcadas e o pátio interior arborizado formam parte dos espaços históricos tranquilos dentro da área urbana parisiense.
O Hotel de Sully, uma residência senhorial do século XVII no Marais, demonstra a arquitetura renascentista francesa sob Henrique IV através do seu pátio projetado por Androuet du Cerceau, jardins geométricos e fachadas esculpidas representando alegorias das quatro estações e elementos. Construído entre 1625 e 1630 para o financeiro Mesme Gallet, o edifício foi posteriormente adquirido por Maximilien de Béthune, duque de Sully e antigo ministro de Henrique IV. Os dois pátios combinam arquitetura clássica francesa com planejamento urbano prático e hoje abrigam o Centre des Monuments Nationaux. Os visitantes podem caminhar pelo primeiro pátio com suas arcadas e frontões decorados para alcançar o segundo pátio mais tranquilo que se conecta à Place des Vosges.